segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Preconceito beeeeem pegado na Terra Brasilis. Novidade? Nenhuma.

Fim de período eleitoral no Brasil.

Algumas horas depois de ter encerrado as eleições no Brasil, resolvi dar uma espiada pelo Fêicibook.

Á medida que se confirmava quem havia vencido o pleito, eu ficava mais e mais estarrecida com tanto ódio destilado em tempo real na minha frente.



Decepção.

Tomei conhecimento da quantidade de amigos e conhecidos preconceituosos. Mas menos mal. Agora, fica tudo muito ás claras. Muito melhor e mais justo. Ao menos você fica sabendo com quem você lida, não é verdade?

O preconceito contra nordestinos e pobres é muito, mas muito maior do que eu imaginei. E imagino que outros preconceitos, como raça e credo, não devem ficar atrás.

Perdi a fé. Sério mesmo.

Minha fé num mundo melhor, mesmo que esse mundo fosse reduzido somente ao mundo Brasil, foi pro beleléu.

Uma onda de "maria vai com as outras", gente vociferando, tipo cachorro raivoso, Nada importa para eles. Só o umbigo deles.

Muitos desse pessoal "raivoso"é aquela mesma galera que perdeu a mordomia de ter empregada doméstica em casa trabalhando pelo prato de comida e meia dúzia de roupas usadas, que elas levavam para os filhos. Assinar a carteira da empregada doméstica? Mas beeeemmm capaz, isso vai ser muito dinheiro, como diziam algumas pessoas lá no sul. Andar na linha não é pra qualquer um não.....

É esse mesmo pessoal raivoso que acha a Zoropa MARAVILHOSA e civilizada, mas quando vê um ciclista no meio da rua, pedalando no espaço destinado para ele, quer passar por cima (quando não passa mesmo).

É aquele cidadão que trabalha numa empresa que possui uma política de diversidade bem estruturada, mas não se importa em perceber que a empresa está longe bem longe de aplicar a sua política.

Cara, tô cheia do saco. São quase trinta anos que sou bombardeada por esse tipo de mesquinharia.

Eu confesso: muitas vezes, engoli em seco piadinhas de cunho racista (e sexista também), comentários baseados em pura desinformação e preconceito por não querer causar mal-estar e perder o amigo. Mas há algum tempo atrás, eu acordei, e se eu tiver que entrar numa briga para expor meu ponto de vista eu entro. Mesmo que eu vá perder o amigo. Se eu perder, é porque na realidade, nunca fui considerada. Apenas fui tolerada.

Mas, enfim....

Nem sempre as coisas saem do jeito que a gente planeja. E muita das coisas que a gente planeja, no final, nem eram aquilo tudo que pensávamos. E quantas coisas almejamos, alcançamos e no final, nem foi para o nosso bem.

Pensem. Vamos cada um fazer a sua parte. E cobrar. Cobrar um bom serviço dos nossos políticos, cobrar dos nossos familiares, cobrar dos nossos amigos e colegas uma postura digna e honesta.

A mudança, por mais clichê que isso possa soar, parte do indíviduo.

Vamos parar de achar nos outros defeitos. Cada um faz o que pode, dentro das suas limitações. E dentro do que quer ou não melhorar.


E era o Wilson.

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